quarta-feira, 11 de maio de 2011

Académica-Sp. Braga, 0-0 (crónica)



Como se sobe ao pódio sem ganhar
Por Francisco Frederico

O Sp. Braga recuperou este domingo o terceiro lugar na Liga graças a um empate trazido de Coimbra, aliado à derrota do Sporting, à mesma hora, em Alvalade, diante do V. Setúbal. Os minhotos chegam ao último jogo do campeonato, em casa, justamente com a equipa leonina, com um ponto de vantagem e precisam apenas de um empate para segurar o lugar no pódio.

Quando à Académica, passou a ser a primeira equipa acima da linha de água (14ª), porque a vitória sadina desta ronda também lhes permitiu ultrapassar os estudantes na tabela. Ulisses Morais, de saída da cidade do Mondego, tal como Domingos em relação à capital do Minho, até pode classificar de «brilhante» a manutenção da Briosa, mas talvez seja por jogos como o deste domingo que não terá o contrato renovado.

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Domingos geriu a equipa, como seria de esperar, em mais um regresso à cidade que o catapultou para o Minho. Kaká, Elderson, Salino, Paulo César, Hélder Barbosa, Ukra e Keita voltaram ao onze, enquanto Miguel Garcia, Hugo Viana, Alan, Mossoró, Lima e Meyong, todos utilizados contra o Benfica, ficaram a descansar.

Académica começa melhor mas depressa esquece...

O jogo começou praticamente com uma perdida da equipa da casa, num cabeceamento de Pape Sow depois de um canto da direita, conquistado praticamente na primeira jogada do desafio na sequência de uma boa oportunidade para Éder, não fosse um corte atento. Depois disso, a Académica entregou a iniciativa aos arsenalistas e fechou-se lá atrás, concedendo-lhes poucos espaços.

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O Braga tentava esticar o jogo, apostando no jogo pelos flancos, sobretudo por Ukra, sempre bastante incisivo pela esquerda, destapando caminhos para a baliza de Peiser que acabavam invariavelmente tapados por alguém da Briosa. O contra-ataque da Académica também não saia com fluência, graças à «armadilha» do fora-de-jogo que o adversário propositadamente montara.

Ulisses Morais surpreendera ao deixar o melhor jogador do plantel (Sougou) no banco e ainda o melhor marcador (Miguel Fidalgo), numa estratégia estranha e que pesou no desenrolar do jogo, pois seriam dois atletas a dar bom jeito numa primeira parte muito amorfa.

Mais poder de fogo, menos discernimento

Claro que Domingos não podia deixar as coisas como estavam e foi aumentando o poder de fogo da equipa, que teve ensejo de marcar por Lima, num falhanço à boca da baliza. Os estudantes respondiam com mais velocidade na frente, até porque Sougou já estava em campo, mas faltava-lhe poder de decisão no centro, onde Éder perdia, claramente, no duelo com os centrais.

Com as notícias de Alvalade, crescia a emoção para os minutos finais, sempre com muito empenhamento de parte a parte mas pouca clarividência no último terço do terreno. Keita teve o golo nos pés, mas Peiser soube opor-se com competência, pouco depois Laionel mediu mal a força num centro que era quase golo certo para Sougou.

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